25 junho 2007

O ETERNO COWBOY BRASILEIRO


"Esse post é uma homenagem a um grande artista brasileiro e acima de tudo um grande amigo. "



A biografia abaixo conta um pouco da vida e da trajetória de sucesso daquele que foi e continua sendo o eterno cowboy da música popular brasileira. EUTIROLEIIIITEEE!!!!!!

BOB NELSON PEREZ nasceu em Campinas, SP, em 12.10.1918, sendo o 6º dos oito filhos de José Perez, espanhol, ferroviário da Mogiana e dono do Hotel Dalva, e de D. Floresmina. Em sua família só ele teria pendores artísticos.

Com 11 anos já trabalhava no comércio. Iniciou-se como crooner da Orquestra Julinho e cantor-solista do Grupo Cacique. Quando Carmen Miranda se apresentou em Campinas, em 1939, lá estava o grupo acompanhando a Pequena Notável.

Uma noite, depois de assistir ao filme Idílio Nos Alpes, no Cine Rink, por brincadeira, começou a se comunicar com um amigo à maneira das montanhas do Tirol, como o cowboy-cantor Gene Autry. Aquilo fez vibrar as mocinhas que passavam.

Durante a semana, para viver percorria a Central do Brasil como vendedor das meias Ethel, que ninguém comprava devido o preço.

Uma noite, em Taubaté, cantou no serviço de alto-falante uma adaptação que tinha feito de Ó Suzana. Agradou tanto que foi parar em um concurso de calouros na Radio Cultura tirando o 1º lugar.

Resolve ficar em São Paulo, tornando-se um "calouro profissional" onde é contratado por Dermival Costalima, diretor da Radio Tupi, por 300 cruzeiros ao mês!

Numa reunião de diretores, fica decidido que Nelson Perez positivamente não era nome de cowboy. Um diretor, folheando uma revista de cinema, dá com o nome de Robert (Bob) Taylor, grande galã da época. Costalima tem o estalo: "Bob Nelson!".

Nessa ocasião, Assis Chateaubriand, estava empenhado em homenagear, na Tupi, um comandante americano quando teve uma de suas idéias: "Rapaz, pegue este dinheiro, compre uma roupa completa de cowboy e cante Suzana, pois o homem é do Texas!". O americano gostou tanto que subiu no palco para abraçar a Bob.

Em 1943, atuou no Cassino Ahú, de Curitiba, a 300 cruzeiros por noite! A seguir fez todo o circuito das bases militares, até Natal e Fernando de Noronha. Na volta, Ziembinski o convida para ir ao Rio de Janeiro, onde atua na Rádio Tupi e no Cassino Atlântico, a 500 cruzeiros por noite.

É recomendado por Haroldo Barbosa a Victor Costa, diretor da Nacional. Mesmo já sabendo de seu sucesso, Costa o testa num programa de auditório. Não deu outra: contrato imediato.

Daí em diante o Vaqueiro Alegre, faz-se astro do disco e da Rádio Nacional, emendando um sucesso após outro. Entre seus sucessos destacam-se além de Ó Suzana, O Boi Barnabé e Vaqueiro Alegre. O Brasil também o conhece através do cinema. Um dos úlimos filmes atuados por Bob Nelson é o "Vale do Canaã", sob a direção de Jece Valadão em 1970.

Casa-se com Antonietta Leal Perez, em 1950, e têm dois filhos, Nelson Roberto e Eduardo José.

Deixando de cantar, continua na Rádio Nacional, como secretário do departamento jurídico e diretor do departamento de gravações. Em 1976, aposenta-se da Nacional.

Jamais pararia, contudo, de trabalhar. É representante de produtos ópticos, percorrendo todo o Brasil e sempre disposto a se apresentar artisticamente, com a mesma disposição e a mesma capacidade que durante anos conquistou e alegrou qualquer platéia.

Fonte: revivendomúsicas.com.br

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